Tens o hábito terrível de partir do pressuposto que temos pela frente muitos e longos anos de vida, tu e eu e toda a gente. Mas em última análise, a vida é estupidamente frágil e não nos permite saber quem fica e quem parte, ou tão-pouco quando parte quem parte.
E então talvez fosse sensato relembrares isso com maior frequência, para que quando ao fim do dia te deitares tenhas absoluta certeza de que não deixaste alguém desapontado ou magoado, alguém com o pensamento amargo de te ter magoado a ti porque decidiste adiar explicações para outro dia - ou quem sabe para nunca - ou para teres absoluta certeza de que não deixaste alguém a quem gostarias de dizer o quanto significa para ti sem uma palavra.
A vida prega partidas e a verdade é que nunca vais saber quando foi a última vez que viste alguém, a última vez que tiveste a oportunidade de lhe dizeres e de fazeres com ela todas essas coisas que foste acumulando e tens em ti guardadas.
Talvez valha a pena pensar nisso.
(28/04/2014)
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